Mais uma vez senti a necessidade de um comparativo entre versões semelhantes de uma excelente máquina. A Street 765 por si já chama atenção por onde passa, principalmente com seu visual único e cheio de personalidade. Uma moto destacável pela sua leveza e manobrabilidade única na categoria.
Hoje temos em Showrooom versões S e RS desta joia (ano 2018) com muitos diferenciais, porém preservando a essência esportiva desta Naked que é referência no mercado. Neste post vou esclarecer o que justifica a disparidade de preço entre elas.
-Ciclística:
Ambas entregam a mesma postura envolvente, com diferenciais apenas nos retrovisores de bar-end e costura do banco que a versão RS leva, dando um toque mais refinado a versão Premium da moto.
-Mecânica:
Existe sim uma diferença numérica de potência e torque, cerca de 10 cv a mais na versão RS, porém seria apenas notável em um evento de track-day com cronômetros e várias voltas. Seus roncos são idênticos e característicos Triumph, o motor derivado da Moto2 realmente entrega um desempenho excelente pra categoria.
-Suspensão:
Agora começa uma diferença considerável, embora ambas sejam confortáveis e precisas, a versão RS leva uma suspensão Showa de categoria superior e completamente ajustável. Na Balança traseira, a versão S mantém suspensão Showa com ajuste de pré carga e a RS acompanha um conjunto semelhante, porém de categoria superior e da marca Ohlins, completamente ajustável (inclusive com um lindo tom de dourado que deixa o editor louco das ideias).
-Câmbio:
Uma relação idêntica de marchas poderia gerar a impressão de que seus desempenhos são iguais, porém a versão RS acompanha QuickShifter de fábrica, possibilitando o avanço das marchas sem a necessidade do uso da embreagem. Um definitivo diferencial é a presença de embreagem deslizante na versão RS, fator que melhora dramaticamente a linearidade das reduzidas, sem gerar o risco de perda de tração na roda traseira.
-Freios:
O conjunto de freios é idêntico na roda traseira, ambas levam Aeroquip de série nas duas rodas. Na frente a diferença é gritante com o conjunto de pinças monobloco Brembo que a vesão Top de linha leva, em comparação ao conjunto Nissin da versão de entrada. Nenhuma delas deixa a desejar na capacidade de frenagem, porém desempenho melhor é desempenho melhor.
-Conjunto tecnológico:
Para sua faixa de preço, a Street S leva um excelente painel digital com conta-giros analógico, computador de bordo e dois modos de pilotagem. Tudo muda quando se interage com a Street RS e seu painel TFT de cinco polegadas com ângulo da tela ajustável entrega cinco modos de pilotagem personalizáveis e infinitos temas/layouts para entreter o piloto nos momentos de congestionamento (hehe). Felizmente ambas levam ABS e controle de tração de série.
Um item que merece destaque é o intuitivo joystick localizado na botoeira esquerda da RS e os botões de atalho Home e Mode, possibilitando trocas rápidas de modo de pilotagem e acesso rápido as configurações da máquina. Nesse quesito, ir de uma máquina para outra realmente é uma viagem para o futuro quando se fala de tecnologia.
-Visual:
Fora o grafismo exclusivo da versão RS, existem diferenças sutis entre as duas. A Versão S conta com piscas em um formato diferênciado e com lâmpadas convencionais, a RS possui piscas de LED exclusivos. A semi bolha da carenagem frontal também possui um formato diferente, a versão de entrada entrega uma frente maior e de cor sólida, a versão topo de linha acompanha um recorte com espaço para uma extensão da bolha, vendida separadamente.
-Personalidade/Conclusão:
Elas realmente entregam o mesmo espirito, porém uma é equipada para te divertir todo dia e a outra, além de fazer isso, tem o potencial de estraçalhar na pista e ser personalizada com precisão para o gosto do piloto. É indiscutível que você está sendo devidamente beneficiado pelo gasto extra na versão RS. Não é apenas um conjunto de adesivos como nós brasileiros já vimos inúmeras vezes em montadoras de carros. Suas opções de cores e visual também diferem, mas vou deixar a escolha do que é melhor ao leitor, gosto é gosto.
E você, qual delas levaria pra casa? Ambas são excelente custo benefício e diversão garantida, seja na cidade, estrada ou pista!
(Texto por Paulo Sergio de Oliveira Filho. Todos os direitos reservados)
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